Dia Mundial do Coração
Viver mais, com saúde, é uma escolha que você faz!
Neste sábado, 29, comemora-se o Dia Mundial do Coração. A data foi estabelecida no ano 2.000, pela Federação Mundial de Cardiologia, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção às doenças cardiovasculares. Para ressaltar a necessidade de mudança de hábitos, o cardiologista Icanor Ribeiro, do Instituto de Doenças do Coração de Londrina, fará uma apresentação na Câmara de Vereadores, na sessão desta quinta-feira, 27, a partir das 14h15.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares matam mais de 17,3 milhões de pessoas por ano, representando 31,3% dos óbitos no mundo.
No Brasil, cerca de 320 mil mortes têm como causa as doenças do coração (32% dos óbitos totais), em que 200 mil são decorrentes das doenças isquêmicas e dos chamados “derrames” – o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Cada vez mais frequentes entre o público feminino, as enfermidades cardiológicas matam mais de 8 milhões de mulheres no mundo, ou seja, 48% do número total.
O cenário local é igualmente preocupante. Dados da Coordenadoria de Sistemas de Informações Epidemiológicas do Município, sobre os residentes em Londrina, apontam:
2018 (números preliminares, sujeitos a alterações, não comparativos com anos anteriores)
- Total de óbitos (janeiro-setembro, 1ª quinzena): 2.479. Destes, 25,1% (621) morreram por doenças do aparelho circulatório, em que 23,2% (144) tiveram como causa as doenças isquêmicas, sendo o infarto o motivo de mais de 76% destas mortes (110)
- Acidente Vascular Cerebral: 144 mortes (23,2% em relação ao total de óbitos por doenças do aparelho circulatório)
- Pessoas acima dos 65 anos representaram 105 dos óbitos (72,9%)
2017
- Total de óbitos: 3.623. Destes, 25,6% (918) morreram por doenças do aparelho circulatório, em que 21,1% (194) tiveram como causa as doenças isquêmicas, sendo o infarto o motivo de mais de 72% destas mortes (141)
- Acidente Vascular Cerebral: 202 mortes (22% em relação ao total de óbitos por doenças do aparelho circulatório)
- Pessoas acima dos 65 anos representaram 129 dos óbitos (66,5%)
2016
- Total de óbitos: 3.645. Destes, 26,8% (972) morreram por doenças do aparelho circulatório, em que 19,9% (193) tiveram como causa as doenças isquêmicas, sendo o infarto o motivo de mais de 74% destas mortes (143)
- Acidente Vascular Cerebral: 211 mortes (21,7% em relação ao total de óbitos por doenças do aparelho circulatório)
- Pessoas acima dos 65 anos representaram 125 dos óbitos (64,8%)
Segundo Icanor, na maioria dos casos, as pessoas desenvolvem doenças cardiovasculares por causa da hipertensão arterial (a pressão alta), diabetes, taxas elevadas de gordura no sangue (colesterol), tabagismo, obesidade (especialmente quando localizada no abdômen), sedentarismo e estresse emocional. “Esses “vilões do coração” surgem e são fortalecidos com maus hábitos cotidianos, sumariamente. Em grande parte, esses fatores são assintomáticos, o que os tornam ainda mais perigosos. Por esse motivo, fazer uma autoavaliação e refletir sobre a própria saúde é tão importante”, diz o cardiologista.
O elo entre os fatores de risco e a consequência do infarto ou do derrame – as duas doenças mais frequentes – é a aterosclerose. Ela faz com que haja um estreitamento lento e progressivo das artérias pela deposição do colesterol, formando placas de ateroma, as quais podem obstruir totalmente os vasos.
A incidência e o grau de comprometimento dos fatores de risco podem variar em cada pessoa. No entanto, não é necessária a presença de “todos” para que ocorra um evento circulatório agudo. A associação de alguns deles na mesma pessoa já eleva o risco, significativamente.
Não vire estatística!
A incidência dos fatores de risco na população explica as altas taxas de mortalidade pelas doenças cardiovasculares:
- Hipertensão arterial – presente em cerca de 20% dos brasileiros adultos (32 milhões de pessoas), podendo acometer 54% da população acima dos 65 anos
- Tabagismo – no Brasil, o vício atinge 10,8% da população, sendo o hábito de fumar mais comum entre os homens (12,8%) do que nas mulheres (9%)
- Colesterol – 18,4 milhões de pessoas adultas apresentam taxas elevadas (12,5%)
- Diabetes – 9 milhões de adultos são diabéticos (6,2%)
- Obesidade – quase 20% da população brasileira está obesa. Índice aumentou em 110% entre os jovens nos últimos 10 anos (2007-2017). O sobrepeso atinge mais da metade da população (54%) e é mais incidente entre o público masculino (56,5%) que no feminino (49,1%). Já a obesidade acomete 17,6% dos homens e 18,2% das mulheres
- Sedentarismo – quase a metade da população brasileira é considerada sedentária: 45,9%, o que representa 67 milhões de pessoas. Entre os públicos, as mulheres são menos adeptas às atividades físicas regulares; 50,4% (39,8 milhões) contra 41,2% (27,4 milhões) de homens.
“Os números são alarmantes e demonstram uma “epidemia” de mortes evitáveis entre a população. Por esse motivo, celebrar o Dia Mundial do Coração significa conscientizar as pessoas sobre a importância dos cuidados com a saúde. Uma pergunta muito importante que devemos fazer dentro das nossas casas é “como desejamos envelhecer?”. As pessoas estão vivendo mais, mas isso não significa que estão vivendo melhor, o que é preocupante”, avalia Icanor.
Para o cardiologista, ter qualidade de vida para um envelhecimento saudável dependerá das escolhas que fazemos, diariamente, para cuidar do coração. Em muitos casos, as doenças podem não ser fatais, mas tornam-se incapacitantes, deixando a pessoa acamada e debilitada e dependente, o que, certamente, interferirá na rotina familiar em vários aspectos (emocionais, econômicos, estruturais, dentre outros).
Viver mais e melhor é uma escolha que você faz. Algumas medidas simples podem contribuir para a prevenção contra os fatores de risco e para o controle das doenças cardiovasculares:
- Alimentação saudável: mais frutas, legumes e verduras
- Redução de alimentos industrializados e em conservas
- Não fumar
- Controle do peso
- Controle da pressão arterial
- Menos sal na alimentação
- Redução no consumo de gorduras
- Evitar bebidas alcoólicas
- Atividade física regular
Como incentivo, desde uma simples caminhada numa praça, ou local público, à prática de atividades em estabelecimentos privados, o médico destaca a necessidade de disciplinar a mente (e o corpo) para fazer 30 minutos de exercícios aeróbios, diários, ou em maior tempo, três vezes na semana. E para quem dá “aquela desculpa” de que a grana está curta, fica a dica: a Fundação de Esportes de Londrina (FEL), oferece aulas gratuitas para a população:
Praça da Juventude, na zona Norte
- Condicionamento físico, ginástica e alongamento, aulão aeróbico, vôlei e basquete, futsal
Praça da Juventude, na zona Sul
- Ginástica aeróbica, laboral e funcional, alongamento, corrida e condicionamento, futsal, futebol, vôlei, handebol, taekwondo
Conjunto Maria Cecília
- Hidroginástica, ginastica localizada, handebol, futsal, futebol de campo, vôlei, natação, taekwondo
Centro, no ginásio Moringão
- Programa Ginástica para Todos
- Grupo de corrida
Mais informações sobre faixa etária, horários e ingresso aos programas estão disponíveis no site da FEL (www.fel.londrina.pr.gov.br) ou pelo telefone (43) 3372-9191. Contatos com o cardiologista Icanor Ribeiro pelo telefone (43) 3371-8500 ou 98415-7931 (com Adriana).
Fontes: Agência Brasil/EBC, Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, PR (SIM/DATASUS/MS), Fundação de Esportes de Londrina, PR. Instituto de Doenças do Coração de Londrina, Icanor Antônio Ribeiro, cardiologista , CRM PR 4932.
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Adriana Marques
Jornalista | MTB PR 3984
Assessoria de Imprensa InCor Londrina
43 98415.7931 | adriana@ciin.com.br