Chega-tabagismoO tabaco ainda é considerado a principal causa de morte evitável no mundo, sendo responsável por mais de 7 milhões de óbitos todos os anos; 200 mil mortes somente no Brasil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisema.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), vinculado ao Ministério da Saúde, o tabaco também tem relação com a impotência sexual e infertilidade masculina, pois, segundo estudos, prejudica a mobilidade do espermatozoide. Os mesmos prejuízos também são atribuídos ao cachimbo, charuto e ao narguilé.

Um “estouro” na saúde financeira

Em estudo recente apresentado pela OMS, o consumo do tabaco causou um rombo de R$56,9 bilhões ao Brasil, em 2015. Cerca de R$ 40 bilhões deles são de custos médicos e quase R$ 18 bilhões de custos indiretos, com perda de produtividade e incapacitação dos trabalhadores. Atualmente, o país é o segundo maior produtor de folha de tabaco no mundo.

A “paradinha para pitar” traz ainda consequências e perdas econômicas, tanto em horas como nos custos com a saúde do funcionário. Um estudo britânico apresentado em 2014 aponta que o fumante faz a média de quatro pausas durante o dia, com duração de 10 minutos cada. Isso equivale a 136 horas de tempo produtivo perdido por ano para cada fumante, em que o custo para as empresas pode chegar a US$ 14,5 bilhões, de acordo com o Centro de Pesquisas em Economia e Negócios, divulgado pela rede americana CNBC.

Fumante-passivoPerigo para fumantes e não fumantes

A fumaça do cigarro tem mais de 4,7 mil substâncias tóxicas. O alcatrão, por exemplo, contém mais de 40 compostos cancerígenos.

Não só o fumo ativo, mas o passivo também aumenta os riscos de doenças. Estima-se que sete não fumantes morram por dia em consequência do fumo passivo. Alerta: o tabagismo passivo aumenta em 30% o risco para câncer de pulmão e 24% o risco para infarto.

Fumar um maço de cigarros por dia potencializa em 17 vezes o risco de ter um acidente vascular cerebral (AVC). O tabagismo também está relacionado a mais de 50 doenças, sendo responsável por 30% das mortes por câncer de boca, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença do coração, 85% das mortes por bronquite e enfisema e 25% das mortes por derrame cerebral.

Riscos para o organismo: doenças fatais, incapacitantes e envelhecimento precoce

Dentre os danos causados pela nicotina – considerada uma droga psicoativa que causa dependência – está o aumento da pressão arterial; uma das causas do acidente vascular, o popular derrame.

O cigarro também está associado ao acúmulo de gordura em uma artéria que recebe o nome de carótida. Ela está localizada no pescoço e quando há o acúmulo de gordura nela, acaba ocorrendo o seu entupimento e, consequentemente, o AVC.

O tabagismo diminui o transporte de oxigênio pelo sangue. Isso acontece por que, ao fumar, a pessoa aspira monóxido de carbono (CO,) o qual se liga às oxihemoglobinas, que são as responsáveis por carregar o oxigênio por todo o corpo. O resultado disso é que, ao invés de circular o O2, circula o CO no sangue, o que é extremamente nocivo ao organismo.

Fumar acelera o envelhecimento de artérias devido ao depósito de colesterol e a formação de placas ulceradas. Como consequência, ocorre a estenose e/ou a trombose.

Com tantos motivos prejudiciais à saúde, vale a pena dar um basta neste mal. Quer parar de fumar?

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