É a temperatura baixar um pouco que outra “queda” também fica evidente: a prática de atividades físicas cai em cerca de 30% nas ruas, clubes e academias.
Diferente do que muita gente imagina, interromper os exercícios nos dias mais frios pode “desproteger” a saúde, já que é neste período que o corpo fica mais vulnerável às doenças cardiovasculares.
Segundo o cardiologista Adriano Ribeiro, especialista em medicina do esporte, a taxa de sedentarismo é considerada elevada no Brasil, em que apenas 1/3 da população pratica atividade física. E durante o outono e inverno, há a dispersão de um grande número de pessoas, as quais desistem dos treinos. “Esse (mau) hábito, de interromper os exercícios, pode se tornar um problema, pois a atividade física regular é uma das principais “ferramentas” para promover saúde; é a aliada para reduzir as doenças do coração, como infarto, AVC (o derrame), para prevenir o câncer de mama, o de próstata… Ou seja, ela deve ser praticada sempre, independente da temperatura. Lembrando que nos dias frios, é quando o corpo mais precisa de proteção contra as doenças cardiovasculares, mais incidentes”, alerta.
Alguns cuidados básicos para evitar o risco de lesões e prevenir doenças:
- Atenção para o aquecimento – a temperatura é responsável por algumas alterações fisiológicas no organismo. Então, em dias frios, é comum a pressão arterial subir um pouco e a musculatura ficar mais rígida e tensionada. Um aquecimento bem feito é essencial para evitar lesões;
- Hidrate! É normal não ter tanta sede, como temos no verão. No entanto, gastamos muita água por meio das vias respiratórias durante os treinos. Por isso, é importante hidratar o corpo de maneira adequada, em dias de baixa umidade e tempo seco, especialmente;
- Escolha a roupa certa. Para se proteger do frio, é prudente usar um agasalho ou roupas mais quentes. Mas após o exercício, é fundamental fazer a troca dessa roupa, rapidamente, já que o corpo “esfriará” e a vestimenta molhada de suor poderá ser prejudicial, favorecendo infecções respiratórias, como resfriados, gripes e pneumonia, por exemplo.
Quer saber mais? Veja o que diz o cardiologista Adriano Ribeiro em entrevista à RPC/Globo.
Dr. Adriano Freitas Ribeiro, CRM PR 25124
Instituto de Doenças do Coração de Londrina