PROTEÍNA: tem diferença entre a vegetal e a animal para o meu organismo?
Seja por uma questão de filosofia de vida, ou da busca por novos hábitos na dieta, a adesão ao veganismo e ao vegetarianismo tem sido crescente. Aí a pergunta que não quer calar nos consultórios é: – “Posso substituir a carne por outros alimentos?”, somada às dúvidas sobre obter os nutrientes necessários para manter o organismo em equilíbrio.
Primeiro precisamos conhecer que temos a proteína animal (carnes, ovos, peixes…) e a proteína vegetal nas leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, soja e outras) e nas oleaginosas (amêndoas, amendoins, castanha, quinoa etc..). A diferença básica está em a proteína vegetal não ter um alto valor biológico, em sua maioria.
Alto valor biológico? O que é isso? “Quando eu consumo um pedaço de frango ou outra carne, por exemplo, esse alimento vai fornecer todos os aminoácidos que o meu organismo precisa para a estrutura corporal – formação dos ossos, cartilagem, cabelos, unhas -, ou seja, proteínas de boa qualidade. Já no caso do feijão, que é uma proteína vegetal, há a falta de alguns aminoácidos. Porém, se eu fizer uma mistura com arroz, então, eu complemento este alimento para que sejam oferecidas as substâncias necessárias para equilibrar meu organismo”, explica a nutricionista Patrícia Rachel André.
No caso de uma mudança na dieta, é fundamental que a pessoa busque uma orientação profissional para a adequação do cardápio, de forma que as combinações ofereçam os nutrientes necessários para uma boa saúde, já que em alguns casos poderá ser recomendada uma suplementação. Em especial se as refeições com a restrição de certos alimentos forem compartilhadas com crianças e idosos. “Além de um planejamento adequado, sugiro atentar para um rodízio de alimentos, pois cada um terá um tipo e quantidade de nutrientes diferentes. Ao invés de comer o popular arroz com feijão, todos os dias, insira também a lentilha com arroz integral. A quinoa, que tem um alto valor biológico de proteína, também fica deliciosa no arroz, ou ainda com frutas, na sobremesa”, orienta a nutricionista.
Patrícia Rachel André, nutricionista, CRN 1341
Instituto de Doenças do Coração de Londrina
Confira a entrevista completa! Programa Destaque, SBT.