29 de agosto, Dia Nacional do Combate ao Fumo, é uma data instituída deste 1986, com o objetivo de propagar informações e ações para prevenir doenças decorrentes do tabagismo.
Neste ano, a campanha promovida pelo Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer (INCA) deu ênfase ao uso de outras formas de consumo do tabaco e da nicotina – o narguilé e cigarros eletrônicos, cada vez mais crescentes entre o público jovem. “O narguilé libera substâncias que são tóxicas e cancerígenas. Uma sessão de 1 hora, pode equivaler ao consumo de dezenas de cigarros dependendo do número de tragadas e da intensidade delas. Uma outra preocupação é a possibilidade de transmissão de doenças infecciosas, como herpes, hepatite C e até a tuberculose, pelo compartilhamento da biqueira. Então, não se trata de uma condição simples, de socialização”, alerta o cardiologista Icanor Ribeiro, do Instituto de Doenças do Coração de Londrina, em entrevista ao Jornal Tarobá 2ª Edição, da Band.
Parar de fumar não é uma tarefa fácil. O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), oferece programas de grupos de tratamento, os quais integram a Polícia Nacional de Controle do Tabaco no Brasil. Em Londrina (2018), foram realizados 70 grupos na rede pública de saúde e Estado, com o apoio do Hospital das Clínicas da UEL. Mais de 700 pacientes participaram: 311 mulheres e 425 homens, a maioria (571) na faixa etária entre 18 a 60 anos.
Quero parar de fumar. Como faço?
Procure a UBS mais próxima da sua residência e inscreva-se num grupo de tratamento. O fumante passará por uma avaliação médica, para análise de hábitos de vida e o grau de dependência da nicotina, para que seja prescrita ou não a medicação. Após inserção num grupo de tratamento, o fumante passará por várias etapas, sempre com apoio profissional da equipe. Com o progresso, as reuniões e avaliações poderão ser mais espaçadas, consideradas como “manutenção” a cada 15 dias ou mensais.
Precisa de um incentivo? Ao parar de fumar…
- Em 20 minutos: a pressão arterial e o número de batimentos cardíacos voltam ao normal
- Em 8 horas: os níveis de monóxido de carbono retornam ao normal
- Em 1 dia: redução do risco de ataque cardíaco
- Em 3 dias: relaxamento dos brônquios e aumento da capacidade respiratória
- Entre 1 a 9 meses: redução da tosse e infecções das vias aéreas com melhora da respiração e da capacidade física
- Em 1 ano: redução de 50% do risco de morte por infarto
- Em 10 anos: o risco de morte por doença coronariana se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou
- Entre 15 a 20 anos: o risco de câncer se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou
“A vida sem cigarros é, portanto, vida com mais saúde. Apesar de óbvia, a recomendação e o alerta contra o tabaco são insuficientes. É necessário unir esforços políticos e educacionais para uma mudança de cultura que garanta um futuro mais saudável”, defende Ribeiro.
Clique e confira a reportagem da TV Tarobá/Band!
Fontes: Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura de Londrina, Organização Mundial da Saúde, Instituto Nacional do Câncer, InCor Londrina.